quinta-feira, 5 de abril de 2012

O fim das sacolas plásticas


São paulo, 3 de Abril de 2012, início da proibição da distribuição das sacolas plásticas pelos supermercados.

Atitude válida, mas como tudo neste país é movido pelo interesse econômico, provavelmente não vai resultar em nada de benéfico. Posso antever daqui a pouco tempo uma invasão de sacolas "ecologicamente corretas" que de ecológico não têm nada.
Ontem estive no Wal Mart, supermercado que não aprecio, mas que acabei indo devido à falta de tempo e outros fatores limitantes.

Na fila do caixa havia um casal à minha frente, que passou as compras e havia esquecido as sacolas "ecológicas" em casa. O caixa sugeriu que adquirissem as sacolas vendidas pelo próprio estabelecimento, ao preço de R$0,50 cada uma; obviamente, o casal adquiriu duas, afinal de contas, R$1,00 a mais não faria diferença.....

Mas o que me chamou a atenção foi a qualidade de tal sacola. Claro, a espessura do plástico (?) é maior do que a de uma simples sacolinha comum, mas calculando-se grosseiramente, com o material empregado para a confecção de uma única sacola desse tipo daria para se fazer pelo menos 20 a 30 sacolas comuns. Mas fica bem longe do que se poderia chamar de produto durável. E também nunca vi algo proclamado "ecológico" ser feito de plástico, que como todos sabemos, é um material cujo processo de fabricação nada tem a ver com o meio ambiente.

Resumindo, creio que daqui a algum tempo a situação vai piorar se não forem estabelecidos alguns padrões sobre o que poderia ser considerado "ecológico". Uma sacola plástica de baixa qualidade e baixo custo fatalmente vai ser jogada fora mais dia menos dia. Além disso, por causa da falta de hábito as pessoas esquecem a sacola em casa, e acabam comprando outras no supermercado devido ao baixo custo, e assim o ciclo se repete a cada ida às compras. Mais cedo ou mais tarde, as sacolas vão se acumular e vão acabar sendo jogadas fora. A conclusão desse processo é óbvia.

Por isso digo e afirmo: sacolas realmente "ecológicas" devem ser feita de tecido, que é um material, digamos, menos artificial, e também as pessoas relutam mais em descartar algo feito de matéria mais "nobre".

Como eu já disse em posts anteriores: o conceito atual de "ecologicamente correto" é "logicamente incorreto". Tirem suas próprias conclusões.

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