domingo, 13 de junho de 2010

Música eletrônica


Talvez seja melhor começar com a seguinte pergunta: o que é inteligência? Inicialmente, muitos acharão que a pergunta não tenha nada a ver com o título, mas com um pouco de paciência verão que as respostas à questão proposta facilitarão a compreensão de minha teoria.
Digo teoria porque pode e deve ser submetida à análise, pois considero um ato de bom senso e inteligência não acreditarmos em qualquer coisa que nos é dita sem primeiro observarmos a outra face da moeda. Vamos deixar então de prolixismos e ir direto ao ponto.

Em minha opinião, a assim dita inteligência humana abrange vários aspectos, os quais enumerarei os principais:

1) Clareza, que é a capacidade de analisar e compreender os fatos, mesmo que sob uma ótica particular. Natural, já que pressupõe-se que a verdade seja individual.

2) Capacidade de adaptação; já foi dito que a inteligência, em termos simples, é a capacidade de acharmos soluções para os problemas que nos são apresentados utilizando-se os recursos disponíveis. Logicamente, conclui-se que quando nos defrontamos com problemas já vivenciados, nossa inteligência em conjunto com a memória resolve as questões propostas mais rapidamente do que as resolveríamos por ocasião do primeiro enfrentamento. Qualquer coisa diferente desta afirmação denota falta de inteligência e/ou memória.

Tendo-se em vista tais pressupostos, posso dizer que quanto mais inteligente o indivíduo for, menor número de vezes o mesmo problema terá de repetir-se até que o sujeito assimile completamente a solução do enigma. Em português claro: quem não é burro aprende de primeira.
Nesta altura, o leitor pode perguntar: "OK, mas onde é que a música eletrônica entra nesta história?" Explicarei.
A característica mais marcante da música eletrônica é a repetição exaustiva de batidas e ritmos hipnóticos, termos estes inclusive usados por aqueles que se vangloriam de serem "os papas da música eletrônica".
Pois bem, após esta descrição, conclui-se naturalmente que a preferência por "música" desta espécie denota falta de inteligência e/ou memória por parte do apreciador do gênero.
A falta de inteligência aparece no próprio caráter da música: repetições exaustivas, que somente à custa de força bruta (levando-se em consideração os tons extremamente graves das batidas) consegue incutir algo semelhante à compreensão no cérebro do ouvinte. Neste ponto, nada mais genial do que o termo "bate-estaca" para definir este ritmo. A analogia é perfeita, já que um bate-estacas somente alcança seu objetivo através do uso da força bruta.
Consequentemente, a necessidade de repetição pressupõe memória fraca, volátil, ou com dificuldade de acesso. Quaisquer dessas características depõe contra o ouvinte de tal espécie de som.
Nesse aspecto, a música eletrônica nada difere dos atabaques ou tambores dos primitivos indígenas ou aborígenes. Muda-se a forma, mas a essência permanece imutável. Não é à toa que hoje em dia é comum designar-se alguém ou um grupo como pertencente a alguma "tribo".
Seguindo-se este princípio, então aproximamo-nos cada vez mais dos coletivos como "cardume", ou "enxame", nos quais a principal característica é o nivelamento de todos os indivíduos do grupo, o que torna neste caso sem sentido o termo "indivíduo".

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